Piuíííii… É claro que eu acordei com o barulho do trem, aqui em São Carlos não tem como ser diferente, ele já virou um marco da cidade e também é ponto central de muitas discussões. De manhãzinha, durante a tarde ou mesmo de madrugada, a qualquer momento você pode ouvir o apito do trem de qualquer canto do Vilarejo. Me levanto, tomo um banho e já coloco minha roupa pra ir pegar um pão na Guanabara – a padaria que todo são-carlense conhece. Lá você encontra estudantes das universidades, famílias com crianças, pessoas apressadas saindo do trabalho ou senhorzinhos pegando um pão fresco logo cedo – eu sou dessa turma, mesmo sendo millennial, não abro mão do meu pão fresquinho e, principalmente, do pão de queijo maravilhoso da Guana (como eu chamo carinhosamente). Lá sempre encontro conhecidos, hoje encontrei um amigo de infância e um colega da faculdade, é, parece que mesmo sem uma boa infraestrutura pra receber os clientes, a Guana não perde sua clientela ahahaaha.
Volto pra casa, tomo meu café da manhã, entro no carro e vou ouvindo o horóscopo da rádio Clube – não acredito muito nessas coisas, mas a Clube sempre acerta, é impressionante (e quando eles falam que a cor do seu dia é vermelho e você tá de verde? parece que vai dar tudo errado!). Dou uma passadinha no São Carlos Clube para encontrar alguns amigos e decidimos ir jogar um beach tennis na Arena Guarás – um point da cidade atualmente. Lá fica cheio, mas conseguimos uma quadra pra jogar, óbvio que minha ex estava lá jogando também (em São Carlos em qualquer lugar que você vá, seu ex ou sua ex também estarão), é claro que, logo depois, emendamos uma cervejinha gelada
Já tinha combinado de almoçar com a família, então vou encontrar eles no Posto Castello, depois é claro que vamos pra casa da Vó tomar um cafézinho e comer um doce bem gostoso da Maria Doce. Vou pra casa, descanso um pouco e mais tarde é hora de dar uma voltinha com meu cachorro ali na marginal do SESC, a vontade de dar uma passada no Dalmir é grande, mas acabo não indo, só ando ali pela marginal lotada, cheia de gente fazendo exercícios e brincando com as crianças. Meu amigo me liga pra dar um pulo no Broa na casa de uma amiga dele, ah, não vou deixar passar né? Pego ele e partimos pra curtir o fim da tarde lá na represa.
Na volta pra São Carlos não dá pra faltar o lanchão são-carlense, paramos pra comer no Trem Bão, o mais tradicional lanche prensado da cidade. Se tem uma coisa que é muito tradicional do vilarejo, é o lanche prensado e a pizza de alface (sim, pizza de alface é uma especialidade são-carlense, eu também não sabia, achei que em todo lugar tivesse!). Ficamos ali comendo e lembrando dos bons tempos de Bananight, das tantas histórias e risadas que já demos naquele “lugar de gente feliz”. Comentando do Banana, não tem como não lembrar das saudosas histórias do TUSCA, esse meu amigo esteve comigo em todos os 15 TUSCAS que já fui até hoje (AH, e é O Tusca tá? Só fala A Tusca quem não é são-carlense raiz ahahaa). Bons tempos daquelas festas intermináveis, das amizades nas repúblicas, das risadas e bebedeiras também, hoje em dia não tenho mais idade pra isso – como eu disse no começo do texto, vou todo sábado de manhã pegar pão fresquinho na Guanabara, antes eu só ia na Guana logo cedo quando tava saindo do rolê e já emendava um misto quente com suco de laranja no balcão da padaria.
Dessa forma, vou encerrando meu sábado, mas antes passo na Cúpula, no Santa Teresa e no Benedito pra dar uma olhada como está o movimento, se encontrar algum amigo nesses bares, já paro e tomo um choppinho junto, pra encerrar bem o sábado, né? Essa é a desculpa que dou pra mim, mas sempre acabo encontrando um conhecido e estendendo a noite, o que vem depois disso, só Deus sabe, tudo pode acontecer! Ai não vejo a hora de tudo voltar ao normal, pra eu retomar essa minha vida social no vilarejo.
Amanhã eu descanso pra recomeçar tudo na segunda no meu lugar preferido da cidade, o Wiki, onde eu trabalho todos os dias.