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Tecnologia e os conceitos geracionais

Tecnologia e os conceitos geracionais

Na história da evolução humana, mudanças de comportamento sempre ocorreram e, sem dúvida, foram essas que permitiram que o homem evoluísse em alguns aspectos, e retroceder em outros. E com isso, queremos falar sobre a tecnologia e os conceitos geracionais.

Um catalisador dessas mudanças é o avanço da tecnologia, que trouxe diversos benefícios do ponto de vista de evolução da ciência, evolução nos processos de fabricação de produtos e queda de muitas barreiras existentes na comunicação. 

Além disso, ela traz novas lógicas de consumo de bens e serviços.

Sem dúvida, o advento disruptivo da era moderna foi, e tem sido, a internet e tudo que se cria a partir dela. 

A internet passa a ditar novas lógicas de consumo, novos caminhos para a comunicação, novas profissões, novas tecnologias, e também, a condicionar os novos conceitos de gerações.

Continue com a leitura para entender melhor sobre a tecnologia e os conceitos geracionais.

Baby Boomers 

A Segunda Guerra Mundial é usada para referenciar as crianças que nascem após esse marco temporal, os Baby Boomers. Mas é, principalmente, a Internet, e seu impacto na sociedade, que passa criar as relações entre as gerações posteriores, e aqui inicia a tecnologia e os conceitos geracionais.

Os Boormers, que compreende as pessoas que nasceram entre 1945 e 1964, vêm de um contexto de pós-guerra, que mudou a forma como famílias se estruturaram, em consequência dela. 

Nesse momento, houve um grande aumento de nascimentos. Em relação aos valores, essa geração traz um grande senso de responsabilidade e estabilidade. 

São pessoas que enxergam no trabalho a principal forma de construir, de forma sólida, as suas bases, já que é mandatório ter uma vida linear, estável e segura. 

Essa geração é totalmente apegada ao trabalho, e a disciplina é força motriz na forma de construir relações profissionais e sociais.

Gen X 

Na sequência, há o nascimento da Geração X, que compreende os nascidos entre 1965 e 1984. 

É uma geração que tem a Guerra Fria como marco temporal e de desenvolvimento, ou seja, uma geração que traz preceitos de contestação das estruturas existentes e da forma rígida das relações que a geração anterior tinha como padrão. 

A Geração X vivencia a chegada da mulher ao mercado de trabalho. Isso impacta em mudanças sociais na esfera de família, de hábitos alimentares e de produtos e serviços, que passaram a se adequar a uma, tímida, mas já presente, nova realidade.

Pessoas da Geração X, já começam a experimentar os avanços que ocorrem com o surgimento da internet e aparecimento de novas tecnologias.

Mas ainda assim, essa é uma geração que ainda traz o trabalho como parte importante nas relações profissionais e sociais. 

O “viver para trabalhar” está também presente, embora com um pouco mais de equilíbrio do que vimos na geração anterior. Busca-se a estabilidade, mas sem sacrificar outras áreas de suas vidas.

Millenials 

A geração seguinte à X é a Geração Y, os tais Millenials (nome que faz alusão ao período que corresponde ao fim do primeiro milênio e começo de um novo, de 1981 e 1996). 

É a geração que inaugura, de maneira eficaz, o conceito multitarefas. 

Por terem sido criados na rigidez imposta das gerações anteriores, e por terem visto de perto como as relações de trabalho sacrificam diversas áreas da vida, é uma geração que olha para o trabalho como uma parte integrante, mas não a principal. 

Essa geração traz o questionamento na sua base. Trazem também a criatividade, por experienciarem, já desde cedo, os benefícios e avanços que a tecnologia e a internet trouxeram.  

A Geração Y é a geração que não tem medo de “sujar a carteira”, em detrimento das gerações anteriores, quando se trocava pouco de trabalho ao longo da vida profissional. 

Na busca por viver diferentes experiências, o trabalho é o “meio de” e não o “fim de”. 

Essa é a geração que mais entende quando o assunto é o saudosismo do “na minha época”, e isso é explicado pelo fato de terem nascido no momento em que a internet começa se popularizar, de forma comercial. 

Dessa forma, as suas vivências oscilam entre o não ter internet, presenciar o início da evolução e, quando já estão mais velhos, ver a evolução que ela traz. 

A diferença contextual, para eles, é principalmente no acesso e disseminação da informação e conhecimento. 

Gen z 

A geração subsequente a Y é a Geração Z, que nasceu a partir de 1997. Ou seja, é a geração que já nasce em um mundo extremamente conectado. 

Nessa geração, o conceito de multi-tarefas, multi-telas, mídias sociais e recursos tecnológicos ilimitados fazem parte do seu DNA. 

Da mesma forma, o imediatismo, a valorização do “parecer ser”, e outros atributos, trazidos pela extrema velocidade das informações, são características conhecidas desse grupo. 

Todavia, é a geração que mais está envolvida e engajada em causas de pensamento coletivo. 

Por crescerem com acesso rápido e fácil de notícias e história, eles desenvolveram preocupação com o planeta e com olhar mais empático ao outro.

A Geração Z é a que mais valoriza o “trabalhar para viver”. Ou seja, eles querem a autonomia e a liberdade de escolher onde, como e para quem vão trabalhar, já que trabalho não define quem são, é apenas parte do que vivenciam. 

É a geração dos interesses múltiplos e que não se apega a rótulos impostos. 

Esse modo de pensar permeia as relações de trabalho e as relações sociais de forma contundente. A diversidade do ser e do pensar, além da liberdade de escolha, são indissociáveis para essa geração.

A geração Z tem muito a ensinar às demais gerações em relação a esse olhar sistêmico para a vida, e com a forma em que escolhe se conectar a causas, tanto internas (como saúde e bem-estar), quanto externas (como os propósitos por trás das lógicas de consumo).

Gen Alfa 

Por fim, esta é uma geração que ainda não chegou à idade adulta. São os que nasceram a partir de 2010, ou seja, a Geração Alfa

Essa geração, que já é totalmente digital, nasce na era de acelerada disrupção digital. 

Eles começaram sua vida online com a presença da Inteligência Artificial, da economia exponencial, quando o dedo já é programado para fazer o scrolling. 

A Geração Alfa é conhecida por escolher o que vai de fato prender a sua atenção.

O que a Geração Z tem para nos ensinar 

As gerações são conceitos criados, que tomam como base mudanças de comportamentos que são percebidos com o passar dos anos. 

Essas mudanças abrangem os contextos de :

  • Vida pessoal
  • Vida profissional
  • Relações de consumo
  • A forma como se reage às novas pautas e tendências que surgem no mundo todos os dias.

Evidentemente que pessoas de diferentes gerações convivem todos os dias, e, sem dúvida, uma exerce influência sobre a outra. Dessa forma, é possível que uma aprenda com a outra.

Apresentaremos as formas as quais a Geração Z, em sua maioria, e a Alpha, podem trazer pontos de aprendizado para suas antecessoras. 

No mercado de trabalho 

Nesse contexto, podemos falar apenas da Geração Z, já que a geração Alpha ainda não está presente no cenário de trabalho.

O principal ponto a ser destacado, é a forma com que as pessoas da Geração Z olham para o trabalho. 

Elas o enxergam como parte integrante do seu propósito de vida, mas não o centro dela. 

O trabalho é visto como o meio de viabilizar outras áreas de suas vidas como relacionamento, viagens, hobbies e sonhos. 

Ainda que alguns possam escolher depositar no seu trabalho uma parte significativa da sua energia, por certo, esse trabalho deve trazer uma satisfação que compensa a energia dispensada.

Os profissionais da Geração Z também nos ensinam que, quanto mais diverso for o ambiente de trabalho, melhor vista será a empresa. Isso porque eles vivem uma realidade diversa nas redes sociais. 

No convívio sociocultural, a busca por valorização da diversidade é algo de extrema importância e bem-quisto por essa geração.

Apesar de serem uma geração que sofre com uma crescente ansiedade, ainda assim, é uma geração que ensina o valor do falar, do expor. Essa ansiedade pode ser explicada pela importância que se dá para a imagem, e por conta do imediatismo que o mundo tecnológico exige.

No ambiente corporativo, outras gerações sofriam com o silenciamento, que era enraizado na estrutura do mercado de trabalho. Ou seja, ainda que o ambiente fosse desconfortável, violento ou assediador, muitas vezes escolhia-se “sofrer calado”. 

Hoje, a cultura do exposed, que cresce na Geração Z, traz à tona a importância do não esconder, e por muitas vezes, expor situações, empresas e líderes que geram dores nos colaboradores do mercado de trabalho.

Por uma vida equilibrada 

Na Geração Z, reside uma necessidade de, sempre que possível, buscar por uma vida equilibrada. 

Para eles, a saúde e bem-estar, vida pessoal, vida profissional, hobbies e sonhos coexistem, sem que um tire a relevância do outro. 

O tripé saúde, vida e trabalho, segue a lógica de ocuparem a sua importância no momento que for oportuno. Ou seja, no momento de cuidar da saúde, a prioridade vai ser essa, e no momento de estar com a família, esse tempo será valorizado. 

No trabalho, esse não pode, de maneira nenhuma, atrapalhar ou inviabilizar a existência das outras áreas que levam ao equilíbrio.

Falando em equilíbrio, a busca pela viabilidade da saúde corporal e mental é algo que a Geração Z tem a nos ensinar. 

Terapia e outras práticas de cuidado com a saúde mental e psicológica, como meditação e ioga, por exemplo, deixa de ser um tabu e passa a ter a sua importância atestada. 

Assim como a saúde mental, a saúde física é almejada. Para que a mente saudável possa residir em um corpo, igualmente, saudável.

A alimentação também é uma parte importante que integra a vida equilibrada da Geração Z. 

Embora a Geração Y também olhe para esse aspecto com atenção, a geração mais nova passa a enxergá-lo não apenas como diferencial, mas como uma necessidade. 

Procurar saber a origem do alimento, e qual o impacto que sua produção gera no ambiente, e nas pessoas, é uma prática comum dessas pessoas.

Tá, mas e os Alphas? 

Apesar de ser tudo ainda muito novo, quando falamos em Geração Alpha, percebe-se que é uma geração que já nasce muito mais inclusiva, e que naturaliza muito mais a diversidade, quando comparados com seus pais e avós. 

E esse é um ponto importante que o mercado deve aprender sobre a tecnologia e os conceitos geracionais

É uma geração que nos ensina sobre autonomia, potencialidade e flexibilidade. O impossível para essa geração é só uma questão de tempo e criatividade para o deixar de ser.

Aprende-se também, com ela, que informação e conhecimento estão a um clique, e que o “olá google” pode ser uma porta de entrada para cada vez mais conhecimento. 

Ou seja, só não aprende quem não quer, afinal a tecnologia e os conceitos geracionais estão presente no dia a dia.

Aprendizado contínuo e a adaptação a lição para todos. 

A evolução das gerações ao longo da história reflete não apenas transformações comportamentais, mas também a influência marcante da tecnologia, especialmente da internet. 

Cada geração, desde os Baby Boomers até a emergente Geração Alpha, contribui de maneira única para a sociedade e o mundo do trabalho. 

A Geração Z e, prospectivamente, a Geração Alpha, destacam-se por ensinar lições valiosas sobre a integração do trabalho ao propósito de vida, a importância da diversidade e inclusão, bem como a busca equilibrada entre saúde mental, física e bem-estar. 

O aprendizado contínuo e a adaptação às mudanças rápidas são características que todas as gerações podem incorporar para enfrentar os desafios do futuro relacionado a tecnologia e os conceitos geracionais.

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